| Abstract: | Early October 2020, Brazil was one of the countries most affected by COVID-19, 
both in number of proven cases (3rd) and in number of deaths (2nd), while the 
first wave of the pandemic is not over yet. This paper intends to provide 
knowledge on the development of the pandemic in Brazil and therefore to feed 
into the reflection on the policies implemented or to be promoted to combat 
it. The study has two objectives: to identify the risk factors for contracting 
COVID-19 and dying from it, according to different social categories; to 
highlight potential transmission channels as well as the effect of a number of 
measures. Carried out at the level of all Brazilian municipalities (5,570), 
the analysis is based on the matching of different statistical and 
administrative databases, involving the processing of tens of millions of 
observations. To our knowledge, it is the first of its kind in Brazil. The 
econometric analysis conducted in five points in time shows three main 
results. First, structurally vulnerable populations are the most affected: 
non-white, poor, poor health, favela residents, informal people, highlighting 
the effect of socioeconomic inequalities when facing of the disease. Second, 
"density" (both within neighborhoods and housing) and "mobility" are decisive. 
Third, we highlight some policies consequences. In the municipios where 
containment measures were taken earlier, the pandemic is better controlled. 
The Auxilio emergencial has a mitigating effect in localities where there are 
relatively more informal workers, who can, thanks to it, limit their business 
trips and better protect themselves. Finally, COVID-19 hits the most in the 
municipios more favorable to President Bolsonaro. The president's ambiguous 
speech and attitudes may induce his supporters to adopt risky behavior more 
often and to suffer the consequences.  casos comprovados (3º) quanto em número 
de óbitos (2º), enquanto a primeira onda da pandemia ainda não tinha 
terminado. Este artigo pretende fornecer novos conhecimentos sobre o 
desenvolvimento da pandemia no Brasil e, portanto, alimentar a reflexão sobre 
as políticas implementadas ou a serem promovidas para combatê-la. O estudo tem 
dois objetivos: identificar os fatores de risco para contrair e morrer de 
COVID-19, segundo diferentes categorias sociais; realçar os canais de 
transmissão potenciais, bem como o efeito de uma série de medidas. Realizada 
ao nível de todos os municípios do país (5.570), a análise baseia-se no 
confronto de diferentes bases de dados estatísticos e administrativos, 
envolvendo o processamento de dezenas de milhões de observações. Até onde 
sabemos, é o primeiro estudo do gênero no Brasil. As estimativas 
econométricas, referentes a cinco datas differentes, mostram três resultados 
principais. Em primeiro lugar, as populações estruturalmente vulneráveis são 
as mais afetadas: não brancos, pobres, saúde precária, moradores de favelas, 
trabalhadores informais, evidenciando o efeito das desigualdades 
socioeconômicas frente à doença. Em segundo lugar, os fatores de "densidade" 
(tanto dentro dos bairros quanto na habitação) e "mobilidade" são decisivos. 
Terceiro, destacamos a influência de elementos da política e similares. Nos 
municípios onde as medidas de contenção foram tomadas mais cedo, a pandemia é 
melhor controlada. O Auxilio Emergencial tem um efeito mitigador nas 
localidades onde há relativamente mais trabalhadores informais, que podem, 
graças a ele, limitar seus deslocamentos para o trabalho e proteger-se melhor. 
Finalmente, a CoVid-19 causa mais estragos nos municípios mais favoráveis ao 
presidente Bolsonaro. O discurso ambíguo do presidente poderia estar induzindo 
seus apoiadores a adotarem comportamentos de risco com mais frequência e a 
sofrerem as consequências. | 
| Keywords: | Brazil, COVID-19, Municipalities, Socioeconomic Inequality, Informality, Public Policy, Brasil, COVID-19, Municípios, Desigualdades Socioeconômicas, Informalidade, Politicas Públicas |